(Três Corações | 4)
Recta final
O terceiro trimestre foi fisicamente cansativo mas tranquilo. Me senti mais lenta e pesada; por outro lado, tudo tinha de ser ultimado e preparado para a chegada do nosso pequeno Hugo.
A ligação estabelecida nesta fase é fantástica. Foi a fase em que os movimentos do nosso bebé se tornaram mais evidentes. Dentre as várias coisas que aconteceram durante a gravidez, desta jamais esquecerei: o G. a falar para a minha barriga. Dizia "tenho tanta curiosidade de conhecer-te Hugo!" e "quero tanto ver como és!". E quando ele colocava a mão sobre a minha barriga, parecia que o pequeno Hugo corria em direcção do calor do pai. E, passados nove meses, ainda o Hugo corre em direcção ao pai, de sorriso aberto.
Algumas vezes, surgia a agitação de pensar se conseguiríamos ter tudo pronto a tempo e horas e, felizmente, tudo foi se encaixando. É um mistério. Conforme a data se aproximava, o medo era uma realidade para mim. Sim, é verdade, um grande e terrível medo. "E se não correr bem?". "Serei capaz?". O G. foi o meu grande alicerce. Nestas coisas estou convicta de que o amor tem esta centelha de parceria. Não seria capaz de enfrentar tudo sem ele ao meu lado. Todas as minhas angústias esbatiam-se ao longo das suas palavras tranquilizadoras, sábias e optimistas. Ele é o grande presente que Deus colocou na minha vida. E agora, com o Hugo, são dois grandes presentes.
Outro aspecto que me conferiu grande tranquilidade: aulas de preparação de parto. Psicológica e fisicamente também foram fundamentais. Nunca me hei-de esquecer o papel que a Enfª Fátima teve neste processo. Penso que o nosso parto não teria sido o mesmo sem esta prévia preparação. E, por isso, além de estar grata à Deus por essas aulas, também agradeço à Ele pela ajuda da minha amiga I. que indicou este curso.