"Entretanto, nada de descanso, nada de hesitação, nada de tempo de espera na grandiosa marcha dos espíritos para a frente.
A filosofia social é essencialmente a ciência da paz. Tem por fim e deve ter como resultado, a dissolução das cóleras pelo estudo dos antagonismos.
Examina, investiga e analisa; depois recompõe.
Dirige-se pelo caminho da redução, suprimindo de tudo o ódio."
Victor Hugo, Os Miseráveis
"O desenvolvimento intelectual e moral não é menos indispensável do que o melhoramento material. Saber é um viático, pensar é de primeira necessidade; a verdade é tanto alimento como o pão. Uma razão, em jejum de ciência e de saber emagrece. Lastimemos, do mesmo modo que os estômagos, os espíritos que não comem. Se há alguma coisa mais pungente do que um corpo agonizante por falta de pão, é uma alma morrendo à fome de luz. (...) Nós que cremos o que podemos temer? As (...)
Todas as vezes que uma força imensa se expande para chegar a uma imensa fraqueza, o homem involuntariamente é levado a meditar.
Victor Hugo, Os Miseráveis
As nossas alegrias são sombra; o supremo sorriso só a Deus pertence.
(...)
Quereis explicar-vos o que é a revolução, chamai-lhe progresso; quereis saber o que é o progresso, chamai-lhe Amanhã. Amanhã leva irresistivelmente a cabo a obra começada hoje. É extraordinário, mas nunca deixa de chegar ao seu fim.
Victor Hugo, Os Miseráveis.
A consciência é o caos das quimeras, das ambições e das tentativas, é a fornalha dos sonhos, o antro das ideias vergonhosas: é o pandemónio dos sofismas, o campo de batalha das paixões. Penetrai, em certos momentos, através da face lívida de um ente humano absorvido pela reflexão e olhai para além, observai-lhe a alma, contemplai-lhe a escuridão. Há ali, sob a superfície límpida do silêncio exterior, combates de gigantes como em Homero, brigas de dragões, de hidras, e (...)
« O mar dança, mas devagar. Nada de orações, nada de lamentos, nada. O mar dança, mas devagar olhar-me-á enquanto morrer? » Alessandro Baricco, Oceano Mar
« No círculo imperfeito do seu universo óptico a perfeição daquele movimento oscilatório formulava promessas que a unicidade irrepetível de cada onda condenava a não serem mantidas. Não havia maneira de fazer parar aquela sucessão contínua de criação e destruição. Os seus olhos procuravam a verdade descritível e regulamentada de uma imagem certa e completa: acabavam, pelo contrário, por correr atrás da móvel indeterminação daquele vaivém que embalava e escarnecia de (...)