Hoje não me apetece ser simpática nem sorridente para ninguém. Detesto todo o marketing existente à volta do Dia Internacional da Mulher. Primeiro só se falava na data, depois começou esta coisa de se oferecer rosas, agora já motivam a oferta de chocolates. Entretanto, várias mulheres juntam-se para fazer jantares e festejar o "ser mulher". Dentre estas coisas todas não sei o que me irrita mais: a futilidade ou a alienação. Já sei, já sei que vivemos num país livre, onde cada (...)
Ter firmeza moral para não revidar desaforos na mesma moeda: é bonito aos olhos dos outros, mas quem junta nossos cacos depois?
Cássia Pires, Carambolas Azuis
Serei eu tão anormal por detestar o facto de que quando quero fazer o login em algum site, rede social ou outra coisa qualquer, o dito site queira associar o login ao facebook? Esta coisa do facebook querer dominar todas as áreas das nossas vidas está a tornar-se muito irritante.
Tudo é tão circular que chega a ser cansativo. Pensar que evoluímos a medida que aprendemos e crescemos começa a parecer um engano que o marketing da auto-ajuda criou para que tivéssemos algo que ansiar. Evoluímos? Crescemos? Melhoramos? Afirmamos a nossa experiência? Apetece entoar um sonoro "blagh".
Cada vez gosto mais de escrever. Posso não o fazer com a regularidade e com a qualidade que gostaria mas quando o faço e quando embrenho-me no rumo de uma história experimento uma alegria interior indescritível. Será esta a satisfação que as pessoas sentem quando trabalham e exercem a profissão que gostam?
Se é isto, se é esta alegria e prazer, gostaria de sentir isto todos os dias.
Ainda me questiono, com a idade que tenho, qual será o meu talento e qual será realmente o meu papel na vida. Atormenta-me esta incrível sensação de ser tão pequena diante de um mundo tão gigantesco.