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Chá de Menta

I am half agony, half hope | Jane Austen

Chá de Menta

I am half agony, half hope | Jane Austen

Correntes de Ar

08.03.16, a dona do chá
Hoje não me apetece ser simpática nem sorridente para ninguém. Detesto todo o marketing existente à volta do Dia Internacional da Mulher. Primeiro só se falava na data, depois começou esta coisa de se oferecer rosas, agora já motivam a oferta de chocolates. Entretanto, várias mulheres juntam-se para fazer jantares e festejar o "ser mulher". Dentre estas coisas todas não sei o que me irrita mais: a futilidade ou a alienação. Já sei, já sei que vivemos num país livre, onde cada (...)

Ambição.

08.12.15, a dona do chá
Ter mais tempo, ter mais tempo e ter mais tempo. Por favor, não me digam para estabelecer prioridades. Elas existem e comandam.  Eu queria ter mais tempo para o que fica de fora da lista de prioridades, espaço do dever. Neste espaço relegado para "mais tarde" está contido e reprimido o não fazer nada e o fazer tudo de que gostamos. 

(breves)

13.07.13, a dona do chá
Acordar, trabalhar e dormir cansada. A vida tem sido tão igual apesar da realidade ter sido modificada. Confesso-me cansada, com uma pontada de desânimo. O ano vai a meio e vai ser mais um ano sem descanso. Férias, então, nem pensar. Novamente.    -- Também confesso-me cansada dos discursos pessimistas, "isto vai cá uma crise" e "isto a tendência é piorar". De igual forma, já causa fastio o discurso optimista "tudo se vai resolver" e "não podemos peder a esperança". E um (...)

(Senhor Dezembro, nunca me trataste bem)

15.12.12, a dona do chá
Sendo este o mês que mais detesto, que custa tanto a passar e que está a ser particularmente irritante este ano... não consigo deixar de pensar que está a ser demasiado longo, frio e inóspido. E, num dia impiedoso como o de hoje, acrescente-se o facto de constatar - mais uma vez - que eu sou realmente uma pessoa falha, pequena, obscura, invisível e banal.   Por hoje, bastava-me que fosse Março.

(natalíco #2)

08.12.11, a dona do chá
depois o natal tem esta coisa que me irrita que é: perdeu totalmente o seu significado. tudo bem, podem dizer-me que cada um atribui um significado específico. Contudo a data não deixa de ter um significado inerente. o natal virou esta fanfarra de comida e stress. e todo mundo fica, de repente, muito piedoso. antes tarde do que nunca? talvez. talvez.    [é, estou amarga. mas quando não estou amarga, penso da mesma maneira.]

(adeus, agosto...)

02.09.11, a dona do chá
[Tenho de dizer que não vou ter saudades deste mês de Agosto. E não é devido ao verificado tempo inconstante. Foi um mês demasiado duro e atarefado. Só vou sentir falta da família que revi - e desta já tenho TANTAS saudades... De resto: canseira, canseira, canseira.]

( a pergunta e o espanto )

14.06.11, a dona do chá
- E o que vais fazer? E tu vais conseguir arranjar trabalho? - questiona, muito espantado. Não saberia dizer o que a ofendeu mais: a questão ou espanto do ponto de interrogação. Não saberia dizer quantas vezes teria ouvido estas insinuações e estas perguntas neste tom, desta natureza e com este tão pouco respeito. Não saberia dizer se o que a magoava mais seria ele não acreditar no seu valor ou ela não encontrar em si talento, dom e realidade. Se ela olhasse no espelho será (...)

(sabor azedo)

25.01.11, a dona do chá
o dia atravessado na garganta. incômodo como uma farpa de madeira entranhada na pele. constante e dormente. desde o início até o fim, prevê. há dias assim, longos. indistintos. não se sabe bem porque é assim. o porquê disto acontecer. o porquê é a resposta e não a pergunta. a questão não é importante. a interrogação é normal mas não fundamental. a resposta é o que lateja. veja bem, há dias assim em que tudo parece um banho de jactos de água fria. entenda, a certeza de (...)

( em concreto 2 )

23.01.10, a dona do chá
esta foi uma semana que marca o culminar de muitas coisas. tenho crescido, amadurecido, provado do refinamento de algumas virtudes, limado muitos defeitos e limitações. experimentei também certezas e incertezas, mas sobretudo certezas. vi, com muita clareza, com quem posso contar, quem são realmente meus amigos e quem está disposto a me estender o ombro para chorar (se fosse preciso ). nem sempre a proximidade física implica proximidade, lealdadade e solidariedade de coração. so (...)