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Chá de Menta

I am half agony, half hope | Jane Austen

Chá de Menta

I am half agony, half hope | Jane Austen

80 Anos.

30.09.15, a dona do chá
Tenho saudades das mãos. Elas transmitiam segurança. Os dedos eram longos e as unhas bem desenhadas. Mãos que trabalharam a vida toda. Mãos que corrigiram e que acarinharam. Mãos, as tuas mãos. Mesmo maltratadas, eram mãos que conheceram muitos abraços. Há um profundo vazio onde deveria estar o teu abraço e o andar de braço dado contigo pela rua. Até ao fim, custou-me largar as tuas mãos. Tenho saudade do sorriso. Era um torcer o canto da boca enquanto os olhos acompanhavam o (...)

Dos abraços e da saudade

16.09.15, a dona do chá
Esta saudade que arrasta o coração para o terreno da inconformidade. O que seria excelente: estar perto e dentro de um abraço apertado.  Os dias passam. O tempo percorre esta longa estrada. Quando te dás conta, somas anos e décadas. É assim a ordem natural das coisas. Passas a ter uma série de episódios arrumados na gaveta das memórias e, meio que sem querer, passas a visitar com frequência essa mesma gaveta. Não há problema nenhum nisso. Recordar é tornar presente um (...)

(Programação Normal)

15.09.14, a dona do chá
Depois de uma semana extremamente difícil, com o baby Hugo doente, retomo a vida quotidiana um pouco cansada e com uma lição bem assimilada: não há nada pior do que ver o nosso filhote a sofrer.

(Três Corações | 4)

05.09.14, a dona do chá
Recta final   O terceiro trimestre foi fisicamente cansativo mas tranquilo. Me senti mais lenta e pesada; por outro lado, tudo tinha de ser ultimado e preparado para a chegada do nosso pequeno Hugo. A ligação estabelecida nesta fase é fantástica. Foi a fase em que os movimentos do nosso bebé se tornaram mais evidentes. Dentre as várias coisas que aconteceram durante a gravidez, desta jamais esquecerei: o G. a falar para a minha barriga. Dizia "tenho tanta curiosidade de (...)

(Três Corações | 3)

05.09.14, a dona do chá
Impressões sobre a gravidez   Dos três trimestres, este foi o mais difícil. Muitas coisas a aprender, a serem feitas e resolvidas e algumas chatices. Digamos que não dei muita sorte com o acompanhamento médico que tive e ter diabetes gestacional também foi um acréscimo pouco positivo. Esta foi a fase em que comecei a ler e a tentar entender tudo o que me aguardava durante este processo. A realidade é que não fazia ideia como uma gravidez é um processo transformacional em todos (...)

(Três Corações | 2)

14.07.14, a dona do chá
Impressões sobre a gravidez O 1º trimestre passou a voar. Andei letárgica. Todos falavam, davam parabéns, conselhos e os habituais "deves fazer isso, deves fazer aquilo". Tudo isto encarei como sendo uma postura normal. Todos queriam ajudar. Esta foi a parte mais positiva de toda a gravidez, o facto das pessoas quererem ser solícitas e ajudar no que fosse preciso.  A realidade é que eu estava completamente aérea. Não parecia real, nem a morte nem a vida. O grande momento destes (...)

(Três Corações | 1)

06.04.14, a dona do chá
Impressões sobre a gravidez - O começo -   Cinco dias antes do meu pai morrer, descobrimos que estávamos grávidos. Há um ano atrás, neste mesmo mês. A fazer bem os cálculos, a concepção teria acontecido por estes dias: fim de Março ou início de Abril. Pode-se dizer que a vida é curiosa e até um tanto irónica já que num mesmo mês concebemos, descobrimos a gestação e, por último, o meu pai partiu. Olhando bem para tudo o que aconteceu, enxergo o quão improvável (...)

(balanço da situação)

15.11.13, a dona do chá
Estamos com 37 semanas e 2 dias de gestação. Traduzindo, falta pouco, falta muito pouco para conhecermos o nosso pequeno baby Hugo. A ansiedade está presente... tenho escrito algumas das sensações. Em breve, colocarei algumas coisas. Sinto vontade de partilhar um pouco sobre esta experiência da minha vida. Em breve.

(ontem, 5 meses. hoje, 78 anos)

30.09.13, a dona do chá
Ontem completaram 5 meses da tua ausência. Ainda não consigo acreditar. ***   Hoje farias 78 anos. Saudades de ti, neste dia chuvoso. Saudades de ti, todos os dias.

(três)

29.07.13, a dona do chá
Há três meses atrás, por esta altura do dia, tu davas o teu último suspiro de vida. É verdade que a vida continuou e continua, que o sol não desapareceu nem os dias deixaram de suceder às noites. E é também verdade que, gradualmente, poucas pessoas se lembrarão de ti.    Amar-te-ei para sempre não por teres sido o meu herói, mas por ter sido uma pessoa carregada de virtudes e defeitos. Por isso, humano. Tudo e todas as coisas à tua volta foram ensinamento para mim. O dito (...)