Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Chá de Menta

I am half agony, half hope | Jane Austen

Chá de Menta

I am half agony, half hope | Jane Austen

A propósito de não se gostar do que tudo mundo gosta.

15.02.16, a dona do chá
Um dia o inevitável momento acontece:  sentir-se só, em cima do palco, com a luz a dar directamente contra os olhos e tudo o que se enxerga é penumbra e sombras. Desconforto, imobilidade e exclusão. Há sempre um preço a pagar pela autenticidade. E este é um excelente legado e lição para transmitir ao meu filho.   

Ambição.

08.12.15, a dona do chá
Ter mais tempo, ter mais tempo e ter mais tempo. Por favor, não me digam para estabelecer prioridades. Elas existem e comandam.  Eu queria ter mais tempo para o que fica de fora da lista de prioridades, espaço do dever. Neste espaço relegado para "mais tarde" está contido e reprimido o não fazer nada e o fazer tudo de que gostamos. 

(ferocidade)

24.11.12, a dona do chá
...mas ela sabe que há o outro lado de si mesma. O lado da ferocidade. Devora cada página com a ansiedade de uma paixão incontrolável. Cada página é movida por dedos de vento que uivam e assobiam ao ritmo da chuva que derrama-se pela janela. A vela ilumina e aquece a noite. E ela enrola-se ao livro e despede-se da realidade.    "Se me queres falar, se me queres dizer algo, se me queres conquistar, tens de fazê-lo através de tuas palavras de tinta e de papel.", ela pensa entre (...)

(discrição, pausa e moderação)

24.11.12, a dona do chá
Ela diz com olhos brilhantes que o livro é lindíssimo e não consegue conter o seu entusiasmo. Perde-se nas palavras, nas páginas, ouve os risos, o barulho do vento a uivar na janela e consegue até enxergar os penhascos. Ela está tão apaixonada pelo que lê que esquece o mundo ao redor. O verdadeiro antídoto para o desconsolo. Quando adormece, pensa no que leu. Sonha e vive.    Quem a ouve não entende, não consegue perceber o porquê do seu entusiasmo. Algo inventado pode ter (...)

( Esta e outras coisas )

30.07.12, a dona do chá
Esta firme certeza de que há coisas que me escapam totalmente ao alcance das mãos. Esta convicção de que não posso resolver tudo e de que fazer o que é correcto não implica necessariamente um resultado positivo. Esta sensação de vulnerabilidade e fragilidade. Esta clara visão de que tenho de confiar e seguir em frente.

(...)

25.04.12, a dona do chá
No Dia da Liberdade, resgato-me no facto de que somente o meu pensamento é livre. 

(agora, neste momento)

15.01.12, a dona do chá
Ter 36 anos não faz de mim alguém melhor. É mais do que eu pensei poder alcançar. Bem mais.  Ter 36 anos torna-me alguém consciente dos meus limites, estou bem perto deles. Bem perto. Demasiado perto. Ter 36 anos ensinou-me a ver quem me ama de verdade. São poucos. Os verdadeiros nunca se esquecem de mim. Nunca.  Ter 36 anos e estar em contagem regressiva.   Hoje não me sinto bem. Não costumo escrever assim tão claramente, mas hoje não me sinto bem. Nada bem. Hoje não (...)

(pressão e impressão)

16.12.11, a dona do chá
"Tem as tensões demasiado altas e o batimento cardíaco muito acelerado. Está parada e parece que vai a correr apanhar o comboio.". Fico estática. Parada. Sem qualquer palavra.   Eu poderia ter dito que o meu coração é um órgão de fogo e de diversas intensidades. Mas ele era um médico e talvez não fosse conveniente dizer-lhe isso.  

(...)

06.12.11, a dona do chá
[ eu gostaria muito de ser mais positiva a escrever. com muitos corações a voar e pássaros a cantar. com um trio de cordas no fundo a tocar. que cada palavra soasse como uma bela melodia. sinto muito, a vida não é assim.  a vida não é só isto, mas também é. quando as coisas positivas, belas e agradáveis acontecerem; procurarei falar sobre elas. para já, imaginem este parágrafo sendo escrito com som de trovões ao fundo. é o mais suave que eu consigo me posicionar neste momento. ]