Há coisas que lemos e vemos que nos direccionam ou que chegam na hora certa. Outro dia eu vi este vídeo que uma amiga minha colocou no Facebook dela e tive a sensação que algo dentro de mim movimentou-se. Fez-me pensar. Fez-me relembrar que, em certos momentos, é preciso ter "pequenas coragens" e o passo atrás deve ser uma forma de impulsionar para frente e não um recuo. Audácia e coragem não é algo que seja própria da minha natureza mas sinto-me dentro de (...)
... e somente agora preparo-me para escrever o meu balanço do ano que passou. Tenho mastigado muitas coisas no meu pensamento. Tenho tentado entender e tenho tentado depurar factos e circunstâncias.
Este ano que passou teve de tudo: coisas boas e coisas más. Não posso dizer que a co-existência de ambas as coisas seja algo negativo. Aprendemos com tudo. Há coisas difíceis de digerir mas, regra geral, permaneço de pé. Tenho esta sensação de gratidão por tudo o que tenho (...)
Leio num artigo que "o olho é um órgão par, situado em cada uma das órbitas, no nível que separa o crânio da face". Permite-nos ter percepção, reconhecimento e localização de algo. A sua função primordial é captar luz que, através de uma série de processos gera reconhecimento no nosso cérebro. Posso afirmar que o olhar é uma captação de uma série de sucessivas luzes? Esta ideia fascina-me: dos nossos olhos serem inundados de luz que se liga directamente ao nosso (...)
eu estou numa fase muito "jane austen"...
acho que depois de um jejum prolongado de leituras e de reflexão, tento resgatar gradualmente as pequenas coisas que me dão prazer. ler esta escritora faz-me sempre ganhar novo fôlego. preciso disto. preciso de resgatar-me. ainda me sinto muito cansada, mas tenho de alterar o circuito quotidiano para que a minha mente e o meu coração, ambos desgastados, recuperem.
Num ímpeto, começou a escrever tudo o que pensava. Todos aqueles sentimentos confusos. Todos aqueles sentimentos que guardava dentro de si. Sentia-se cheia. A transbordar. Escrever foi a sua libertação. Enquanto escrevia, sentiu gradualmente todo aquele peso sair de suas costas e a esvaziar o seu coração. Chorava e ria ao mesmo tempo. No fim, o que estava escrito era ainda mais confuso do que o que julgava sentir.
E fazia todo o sentido.
aprendemos muitas coisas nestes processos dolorosos. estes últimos 6 anos têm sido um processo ininterrupto. foi a perda da minha sogra e, nestes últimos meses, uma possível perda do meu pai. eu estava a me preparar para isso. a operação foi um sucesso e ele sobreviveu. outros factores de saúde ainda cooperam para uma saúde delicada, mas tudo faz parte de um processo que, em muito, ultrapassa o meu entendimento. então, embora não compreenda tudo o que nos tem acontecido, posso (...)
Acordo e me recordo dos dias passados. O meu percurso. Como uma caminhante, avanço com passos ora firmes ora vacilantes. Há um ano tinha a certeza nas mãos como um tesouro que podia exibir diante de quem quer que fosse. Podia dizer “olha, vê aqui, nas minhas mãos, nos meus olhos. Tenho tantas certezas, tantos sonhos”. Hoje posso dizer que algumas certezas cairam e que outras se levantaram. Os meus olhos têm visto de tudo um pouco. Algumas vezes, embaciam de (...)
se esta chuva durar toda a noite e se esta noite durar toda a vida não deverá existir mais nada para sentir. quantos foram os passos que dei e quantos foram os sorrisos que perdi? não sei bem. tu também não saberás me dizer. não ambiciono explicações, embora não consiga fugir a encarar as questões.
estou pela metade.
- certezas -
Geralmente não falo sobre o meu aniversário. Costuma ser uma data sem sabor. Não costumo ter bolo nem velas. Não costumo ouvir os parabéns. Não tenho medo de envelhecer. Talvez tenha medo de um dia ficar velha e sofrer de problemas de saúde graves. Mas não tenho receio de ficar sozinha, não me assusta a solidão. Embora não acredite que um dia fique sozinha. Aceito que tudo, no entanto, que tudo é possível.
Chego aos 33 anos com a certeza de que tenho (...)
- egoísmo necessário -
Este ano foi o ano do despertar para muitas coisas. Muitas coisas das quais eu tinha de me libertar e de modificar em mim mesma. Desde grandes decisões a pequenos hábitos. Se há coisa que é difícil é assumir grandes decisões (implica compromisso) e modificar pequenos hábitos (implica determinação e disciplina).
As grandes decisões estão relacionadas sobretudo comigo mesma. Acreditem, eu sou uma pessoa cheia de defeitos – não os suavizo (...)