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Chá de Menta

I am half agony, half hope | Jane Austen

Chá de Menta

I am half agony, half hope | Jane Austen

( Esta e outras coisas )

30.07.12, a dona do chá
Esta firme certeza de que há coisas que me escapam totalmente ao alcance das mãos. Esta convicção de que não posso resolver tudo e de que fazer o que é correcto não implica necessariamente um resultado positivo. Esta sensação de vulnerabilidade e fragilidade. Esta clara visão de que tenho de confiar e seguir em frente.

( cor, relevo e textura )

27.06.11, a dona do chá
a cor dos dias não possui uma margem de variação. a cor é primária e sem mistura. sem subtilidade. a cor dos dias é assim quase que uma ausência de cor. sinto esta ausência com o peso das coisas não vividas. a certeza do que não irá acontecer. quando vês que a tua esperança é esmagada pelo imperativo da realidade a vida perde todas as cores e as formas ganham o relevo de dureza. a cor dos dias, por estranho que pareça, tem textura. E é aspera.

(pés inchados #3)

22.06.11, a dona do chá
Estou cansada que me digam para ter paciência. Não a tenho. Não a quero. A paciência só traz benefício para quem dela usufrui. E esta pessoa é sempre outra. A vida é assim: não há paciência para ela. Não a tenho. Não a quero. Não é fácil. Não é fácil ter paciência. Vivo esta sucessão de quedas. Levanto-me sempre. Esta queda, porém, enfraqueceu-me.  O que estava para vir, veio. E não há paciência.

(pés inchados #2)

20.06.11, a dona do chá
o cansaço também destrói, pouco a pouco. começa a entranhar-se nos ossos e faz-nos esquecer a idade que temos. as convicções enfraquecem. não há nada mais corrosivo para a sobrevivência. o cansaço come a alma mais rápido do que se possa pensar.    a incerteza sempre levanta uma réstia de esperança. mas a certeza do que vai acontecer é letal. não há alternativa. não há saída. não há escolha.    "esta é a tua vida, engole-a". 

( pés inchados )

20.06.11, a dona do chá
eu poderia dizer que é um problema de fases. que esta é uma fase e que vai passar. acontece-me, porém, de estar cansada de pensar isto: os momentos bons é que acabam por serem fases. cansei de pensar na legitimidade disto. aliás, cansaço é uma boa palavra - não pela sua natureza mas, sobretudo, porque define por completo o meu estado de alma. a única coisa que posso fazer é esperar. não há nada, ao meu alcance, que faça mudar as circunstâncias. nada. tenho de esperar. a (...)

(ESPERO SEMPRE POR TI)

23.03.11, a dona do chá
abro as janelas para receber a estação. o ar aquece, as cores vibram e o céu mais azul do que nunca. abro o coração para abraçar as várias tonalidades e os diferenciados aromas. abro as janelas para deixar o sol alcançar cada palmo do chão e aquecer as paredes da casa. estendo a roupa no varal e aspiro o cheiro quente e húmido da brisa. as pessoas parecem sorrir mais. elas reconhecem o momento. recebo a minha querida primavera com os olhos claros e límpidos e digo-lhe: porque (...)

(certezas - para já )

11.12.10, a dona do chá
Neste blogue, este ano, não encontrará imagens alusivas a quadra em vigor. Já tentei ser mais flexível, mas chega uma altura que o que tem de ser, tem de ser. E, para já, o Natal não desperta em mim qualquer tipo de emoção.

( Hillsong Conference Europe 2010 #3 )

19.10.10, a dona do chá
"Civility"   Para quem lê clássicos ingleses, principalmente Jane Austen, encontra com frequência o termo "civility". A tradução literal para o português seria "civilidade".  Uma palavra que tem uma sonoridade estranha para mim, já que não o usamos com regularidade. Usamos com mais frequência o termo "civil" ou "civilizado". Convenhamos que raramente falamos em "civilidade".  O dicionário diz-me que civilidade é "um modo de se corresponderem as pessoas bem-educadas; (...)