Depois surgem pensamentos do género "com esta idade a minha mãe já tinha 3 filhos enquanto eu...". Este tipo de pensamento não é um sintoma prematuro de uma suposta "crise dos 30". Ainda mal dei o primeiro passo pela porta dentro. Apenas é estranho constatar que tudo o que sonhámos ou planeámos não se concretiza. Não é derrotismo nem pessimismo. É constatação. Há 15 anos atrás nascia a minha sobrinha e eu sonhava que quando tivesse 30 anos seria uma pessoa totalmente diferente. Sinto a insegurança e a fragilidade do mundo, como se ainda tivesse 15 anos.
Serena, te entendo, te entendo... é curioso mesmo como costumamos encarar essa questão do tempo e do que faremos com ele. Quando temos quinze, imaginamos nossa vida completamente acertada e encaminhada aos 21. Quando temos 21, imaginamos aos 25. Aos 25, 30. E assim por diante... talvez a grande saída seja deixar de imaginar tanto e concentrar-se no viver. Que, afinal, é tudo o que há. Bom, isso para quem consegue...