( PÉS DESCALÇOS )
21.02.05, a dona do chá
Não vejo a claridade. A névoa da noite se confunde com as nuvens negras do dia. Percorrer a estrada de pés descalços me desperta a vontade de andar cada vez mais rápido. Não há tempo a perder. O terreno rugoso entranha-se entre os meus dedos, as minhas unhas sujam-se de pó e de terra. A roupa é pouca para deter a força do frio. Mas que importa isso? Os meus passos acelerados levam-me através desta manhã. Aquecem-se de frio. Esqueço-me do que não é importante.
Encontro-me.