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Chá de Menta

I am half agony, half hope | Jane Austen

Chá de Menta

I am half agony, half hope | Jane Austen

( já vai o ano bem lançado... )

15.01.11, a dona do chá

... e somente agora preparo-me para escrever o meu balanço do ano que passou. Tenho mastigado muitas coisas no meu pensamento. Tenho tentado entender e tenho tentado depurar factos e circunstâncias.

 

Este ano que passou teve de tudo: coisas boas e coisas más. Não posso dizer que a co-existência de ambas as coisas seja algo negativo. Aprendemos com tudo. Há coisas difíceis de digerir mas, regra geral, permaneço de pé. Tenho esta sensação de gratidão por tudo o que tenho vivido. Parece que ouço ao ouvido uma voz que me diz que é assim mesmo, que tem de ser assim, que tenho de ver e viver determinadas coisas. Que tenho de ver o que há de belo e que tenho de encarar o que é desprezível. Os meus olhos têm encarado a imperfeição do que seria de esperar ser intocável e a perfeição das coisas breves e dos momentos únicos.

 

O pior do ano que passou: a operação e recuperação do meu pai. Foi horrível. Foram momentos literalmente viscerais e insones. Ainda são. Se dentro deste processo está a gratidão de ter visto o milagre dele ter sobrevivido a uma operação delicada; por outro lado, está esta pequena revolta de vê-lo a voltar a velhos hábitos que o irão levar consequentemente ao mesmo estado anterior. Como se ele recebesse de presente um baú com um tesouro e ele simplesmente cuspisse de volta. Por muitas voltas que dê ao meu pensamento não consigo perceber alguém que está perto da morte, sente-lhe o cheiro, escapa, recupera bem e agora inverte todo o processo. Não percebo. Sinceramente, não estou sequer com vontade de perceber.

 

O melhor do ano: as viagens que eu e o G. fizemos. Principalmente, a últimas. Depois de 19 anos, voltei a pisar o solo brasileiro. Foi uma amálgama de sensações. Ainda irei falar sobre isso. Mas foram dias lindos e de desmistificação. Cheguei ao fim atordoada e mas algumas certezas das quais eu não estava à espera de alcançar... Tem sido bom.

 

As amizades: Este foi um ano revelador no que diz respeito às amizades. Hoje, aqui e agora - sei com quem posso contar. Distingo bem quem são conhecidos, colegas, amigos e AMIGOS. Quando eu precisei eles estavam presentes. E o estar presente não tem haver com tempo e espaço. Não tem haver com proximidade física. Tem a ver com dedicação, amor, compromisso e altruísmo.

Não posso deixar de falar também nas pessoas tão interessantes e tão amáveis que tenho conhecido por este mundo virtual. A Cássia, que me convidou para participar do Clube de Leitura, tem sido uma amizade virtual muito querida para mim. De igual forma, a Clara, que aceitou a minha colaboração no Jane Austen PT, tem sido um amor e um pessoa espectacular - ela teve a visão de criar este blogue sobre Jane Austen e participar lá tem superado as minhas espectativas.

 

Guardo esta esperança e vontade de que este ano - 2011 - vai ser ainda melhor. O que vier de menos positivo, lá terei de enfrentar. A vida é isto mesmo. Um dia de cada vez e cada coisa no seu lugar.

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