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Chá de Menta

I am half agony, half hope | Jane Austen

Chá de Menta

I am half agony, half hope | Jane Austen

(três)

29.07.13, a dona do chá

Há três meses atrás, por esta altura do dia, tu davas o teu último suspiro de vida. É verdade que a vida continuou e continua, que o sol não desapareceu nem os dias deixaram de suceder às noites. E é também verdade que, gradualmente, poucas pessoas se lembrarão de ti. 

 

Amar-te-ei para sempre não por teres sido o meu herói, mas por ter sido uma pessoa carregada de virtudes e defeitos. Por isso, humano. Tudo e todas as coisas à tua volta foram ensinamento para mim. O dito e o não dito. O que aconteceu e o que nunca chegou a acontecer. 

 

Eu nunca me esquecerei de ti.

Tu, meu pai, estás dentro de mim, do meu coração, da minha alma.

Para sempre.

(brave)

18.07.13, a dona do chá

Eu realmente amo, amo, amo Sara Bareilles <3

"I wonder what would happen if you say

what you want to say

and let the words fall out honestly
I wanna see you be brave
With what you want to say
(...)
Let your words be anything but empty
Why don't you tell them the truth?"

(mais do que ultrapassado)

18.07.13, a dona do chá

As pessoas estão a usar roupas num esquisito e indefinido tom entre rosa e o laranja fluorescente. Deve estar na moda. Aceito que "gostos não se discutem" mas há certas tendências que deveriam ter ficado bem enterradas nos anos 80. Ou seja, no século passado.

(breves)

13.07.13, a dona do chá

Acordar, trabalhar e dormir cansada. A vida tem sido tão igual apesar da realidade ter sido modificada. Confesso-me cansada, com uma pontada de desânimo. O ano vai a meio e vai ser mais um ano sem descanso. Férias, então, nem pensar. Novamente. 

 

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Também confesso-me cansada dos discursos pessimistas, "isto vai cá uma crise" e "isto a tendência é piorar". De igual forma, já causa fastio o discurso optimista "tudo se vai resolver" e "não podemos peder a esperança". E um discurso realista? Seria pedir muito? 

 

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Sinto saudades descomunais do meu pai. Nunca pensei que seria assim. O pior é que não posso falar disto com ninguém porque parece fraqueza de carácter ainda não ter "ultrapassado" a sua morte. Apanho-me a chorar sem motivo. Dou por mim à espera de vê-lo virar a esquina. Parece que antecipo ouvir-lhe a tosse. Um dia ele disse-me que eu sentiria a falta dele. Ele tinha toda a razão. Doença maldita que come o ser humano por dentro até que ele perca toda a identidade e todo sinal de vida. Doença maldita que o levou. Doença maldita.

 

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O meu/minha baby é a coisa mais preciosa que me aconteceu este ano; está a crescer dentro de mim e que me faz entender realmente o que significa a palavra medo. Medo que aconteça algo, medo de que venha a falhar, medo de tudo que possa prejudicá-lo/a. Espero ansiosamente por conhecê-lo/a. 

 

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O meu pai nunca conhecerá o meu/minha baby. O meu/a baby nunca entenderá completamente quem foi o avô.