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Chá de Menta

I am half agony, half hope | Jane Austen

Chá de Menta

I am half agony, half hope | Jane Austen

(flutuar)

31.07.12, a dona do chá

Despeço-me de ti com adeuses entre os olhos e flutuo em rumo ao dia. Despeço-me e penso que o dia deveria ter menos horas e que as noites deveriam ser infinitas. Despeço-me e quero levar em mim o macio de tua pele. Não quero a lembrança do teu beijo, quero-o de facto. O dia amanhece, as ruas estão cheias, as pessoas passam e falam e riem e correm. O dia está assim maduro e pleno de actividade. O dia impõe que estejamos alertas e que cumpramos os nossos deveres. Viver o dia é importante. Trago em mim, porém, a esperança do teu sorriso e do teu olhar que se levantará para me saudar após a porta fechar-se.

 

"Como foi o teu dia?"

 

Dar-te-ei o meu melhor sorriso. Um beijo. Tu completarás o meu dia.

( Esta e outras coisas )

30.07.12, a dona do chá

Esta firme certeza de que há coisas que me escapam totalmente ao alcance das mãos. Esta convicção de que não posso resolver tudo e de que fazer o que é correcto não implica necessariamente um resultado positivo. Esta sensação de vulnerabilidade e fragilidade. Esta clara visão de que tenho de confiar e seguir em frente.

(ela não queria ser como ele)

16.07.12, a dona do chá

Ter uma nova vida. Viver outras oportunidades. Caminhar em direcção a um novo rumo. São três respostas para um momento de ruptura. Esta é a verdade. A grande verdade. A vontade de romper fronteiras, derrubar paredes e caminhar sem olhar para trás. Ter a força e a determinação de fazer valer, pelo menos uma vez, a própria liberdade. Ter a coragem de dizer que viver a vida é bem mais do que a miserável amargura de lamber feridas e alimentar mágoas. Não. Ela sabia que a vida era bem mais do que isto. Ela sabia. Foi isto que aprendeu através do exemplo dos cabelos brancos carregados de rancor e ranger de dentes dele. Uma pessoa podia viver uma vida inteira, conhecer vários locais, conviver com inúmeras pessoas, passar por inúmeras provações, ter família e amigos; e, no fim, a única coisa que tem é o peso da própria mesquinhez. Devoto da facilitismo de culpar os outros dos próprios erros." Tão cobarde, tão cobarde. És terrivelmente covarde. Não quero ser como tu: fraco e cobarde", pensou. 

Ela tinha certeza de que queria ter uma nova vida, viver outras  oportunidades e caminhar em direcção a um novo rumo. Sabia ser totalmente diferente daquela pessoa imersa em sua própria arrogância e egoísmo. Sabia tudo isto e, mesmo assim, ela não sabia por onde começar. Estava tão cansada... tão cansada. 

Ela não queria ser como ele. E não iria ser. Talvez este seja o ponto de partida.