( reviver )
Acontece de um dia para outro das coisas não serem mais o que eram, da realidade ser transformada. O mundo e a sua razão de ser reviram-se e revoltam-se. Há sempre uma história, há sempre um passado, há sempre a raiz – isso é insuperável. Mas também é verdade que a história só termina no final, que o passado é o antecessor do presente e do futuro e que a raiz existe para gerar crescimento e frutos. Todas estas afirmações são verdades básicas e incontornáveis. Então porque esta insistência de sempre olhar para trás? Porque esta aptidão para sofrer? Porque querer reviver para entristecer? De repente, sem mais nem menos, é capaz de uma euforia despropositada. Como se quisesse passar estágios e nunca chegar a uma conclusão sadia. Não dá para compreender. Um dia está no fundo do poço e, no dia seguinte, está nos píncaros de uma alegria irreal. Não dá para compreender.