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Chá de Menta

I am half agony, half hope | Jane Austen

Chá de Menta

I am half agony, half hope | Jane Austen

( por falar em saudade )

24.07.08, a dona do chá

não sei se é deste dia incomum, minha querida, penso em ti e sinto uma saudade aguda. uma espécie de presença da ausência. entendes o que quero dizer-te? é tal e qual uma sombra; está de tal forma colada à mim que, por vezes, me sufoca. esta saudade e esta sensação de erro. minha querida, terei errado? terá sido a minha decisão errónea e equivocada. terei tomado as rédeas das nossas vidas e rumado na direcção oposta à certa?


não vou dizer que tenha me arrependido porque actuei impulsionado por total e sincera convicção de que estava contribuindo para o nosso bem comum. em concreto, que seria melhor assim. rumos distintos. mas eu gostava de ter beijado os teus lábios uma última vez, antes do derradeiro adeus e que tu tivesses lutado por nós. que não tivesses desistido.


mas a vida não nos quis.


que coisa estranha, esta saudade. esta brisa que me toca os dedos. será que tu és feliz? eu sou. eu queria que fosses também.

( claro como água )

03.07.08, a dona do chá
cabe-me a mim dizer-te certas palavras, aquelas cujo o significado não gostas. aquelas palavras que expressam pensamentos contrários aos teus. sabes como é que é? insistir numa verdade que me pertence e que quero partilhar contigo. não preciso de ter razão, nem quero que tu o reconheças; mas eu sei, munida de total convicção de que a verdade há-de aparecer, um dia, diante dos teus olhos. sabes como é que é?

os sentimentos transformam-se e a realidade reajusta-se. ainda bem. espero ver-te melhor, bem melhor.