e ouvir a voz do meu irmão, do outro lado do oceano, a me afirmar que as coisas vão melhorar e ouvir-lhe a gargalhada e ouvir-lhe dizer "cuida bem do nosso pai" fez nascer em mim uma emoção da qual não estava a espera.
apesar de sermos muito diferentes, temos muito em comum: a certeza de que preservar as nossas raízes é o mais importante. os nossos pais e a nossa família são o nosso tesouro máximo.
eu sei que ele sabe que eu sei que é assim e ele sabe que eu sei que é assim e que assim sempre será. então, mesmo que ele não me compreenda a mim, e eu não entenda totalmente ele, temos esse fio que nos liga.
não é a primeira vez que digo que não sou grande fã do Natal, muito menos do Ano Novo. em primeiro lugar, porque família distante é festa pela metade; em segundo lugar, porque trabalho nesses feriados. então fico a torcer que chegue rapidamente março, que é para encurtar o assunto.
este ano, não tem sido difícil. tem sido agradável. quer dizer, menos penoso. o que sinto é um grande cansaço de tanto trabalho e o peso dos problemas de última hora - feito presente de Natal estragado - que apareceram.
não serei pessimista ao máximo, não direi que tudo é ruim. agradeço a Deus porque tenho família com que estar neste dia (mesmo que a trabalhar), por não estar sozinha e ter saúde.
[ mas Deus, por favor, faz com que este 2008 que surge no horizonte seja menos penoso. a carga não tem sido fácil e os limites já estão ultrapassados... ]
ver aquela criança tão delicada, frágil e desprotegida vir ao mundo. que coisa mais linda que é. espero que para ela a vida venha a ser diferente. com dias de sol e de esperança. que doçura de menina, com nome de boneca.
por que o mundo é mesmo assim, não pensavas que serias diferente de todos os outros, pois não? porque havias de usufruir de uma boa nova? porque havias de pensar que tu terias algo com o qual te alegrar? porque, cargas d'água, havias de realizar um sonho?