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Chá de Menta

I am half agony, half hope | Jane Austen

Chá de Menta

I am half agony, half hope | Jane Austen

( sozinha e silenciosa )

30.03.07, a dona do chá
sozinha e silenciosa, ela não acalmava a alma. corria contra o tempo. corria contra si mesma. resistia aos factos óbvios e enfrentava situações que não pedia. com os pés no chão e com a cabeça em cima dos ombros, olhava sempre em frente. tentava enxergar aquilo que ainda não conseguia ver. aguardava. tinha fé. lembrava que tinha fé. é que, algumas vezes, ela esquecia. a calma, essa doce sensação, não surgia com facilidade - era uma conquista constante.

( euforia )

30.03.07, a dona do chá
Não se trata de um tipo de euforia sinónimo de alegria. Na realidade, tem acontecido tantas coisas ao mesmo tempo que eu não sei como é possível aguentar tanta pressão. Quando se pensa que o quotidiano vai encontrar uma fase de calmaria, tudo se complica. Eu gostaria de gravar palavras mais optimistas, mas o optimismo não é faceta que me assente na perfeição.

Acho que só sou optimista quando estou distraída.

( devagar, quase parando )

26.03.07, a dona do chá
Acontece-me, muitas vezes, ter resistência à mudança. Este canto é bem diferente do anterior. Tem outro tipo de orgânica. Começo a pensar se eu não estarei sofrendo de preguiça em entrar neste novo tipo de "casa". Mas acho que vai ter de ser. Vou mudar.

( PÉS DOLORIDOS )

25.03.07, a dona do chá
Andámos, andámos, andámos. O nosso sentimento e a nossa persistência é que nos empurrava a seguir em frente. Não devíamos ceder aos obstáculos que nos surgiam a cada minuto. Precisávamos chegar lá, precisávamos estar do lado dele. Se não fosse por mais nada, para dar força, para mostrar que nós o apoiamos sempre. Digo, sempre.
Saltámos obstáculos, mas não chegámos à meta.
O meu desolamento não tinha limites e o cansaço nos olhos dele também era infinito. Porque será que para nós tudo é assim, tão difícil??

( AUSÊNCIA )

14.03.07, a dona do chá
A minha ausência, é disso que se trata. Amigos que precisam de mim e eu não estou presente como deveria. Amigos de quem eu tenho saudades. Como eu posso explicar que há coisas que nos ultrapassam? Que há coisas que temos de sacrificar? Actualmente, a minha vida pessoal sai perdendo em função de compromissos a cumprir. Vida de trabalho e de luta. Há coisas que não dá para explicar e há coisas sobre as quais nem sequer devemos falar. Eu não posso remediar a minha ausência... Nem posso sequer dizer que me arrependo das minhas opções - são todas tomadas em sã consciência e de acordo com critérios de ética e de valores morais. Mas isso não significa que eu não tenha que arcar com consequências para a minha vida, uma delas é a saudade. Muitas saudades dos amigos.

Isto da ausência é um peso grave, um peso necessário, mas um peso que - eu espero - um dia suavize.