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Chá de Menta

I am half agony, half hope | Jane Austen

Chá de Menta

I am half agony, half hope | Jane Austen

( DAS APARÊNCIAS QUE ILUDEM )

22.03.06, a dona do chá
De todas as preces e apelos pelo bem geral, acontece de haver uma entrega ao egoísmo. Gera-se um desconcerto, um mal-estar. Aquilo que parece ser uma evidência, aquilo que conhecemos do próximo, torna-se um dado inválido. Saboreia-se um desconforto - o desentendimento dos gestos.

A conclusão imediata é de que não é possível chegar a uma conclusão.
E não saber bem o que pensar sobre tal facto.
Incerteza e pesar.

( SER RIDÍCULA )

14.03.06, a dona do chá
estes inesperados dias quentes são uma fuga ao Inverno que, para mim, é sempre demasiado longo. a vontade de viver torna-se mais presente, mais intensa.

sinto-me ridícula por pensar nestas coisas, nestas coisas insignificantes.
sinto-me ridícula por ter esperanças e acreditar que amanhã pode vir a ser melhor.

mas não deixa de ser uma sensação boa, simples e revigorante.

( NÃO É UMA QUESTÃO DE CEGUEIRA )

11.03.06, a dona do chá
seria tão fácil esquecer destas coisas importantes, de ter honra e de ter respeito. seria tão fácil... seria tão fácil ofender e sair ileso. não ter remorsos. sobretudo, seria tão fácil ceder à tentação de encarar as ideias preconcebidas como leis absolutas.

difícil é ser-se correcto e constante .

( ESTÁTUA DE SAL )

09.03.06, a dona do chá
uma imensidão de sentimentos retraídos e de dias afastados, que não deixam a marca da saudade. abro um sorriso só de lembrar das paredes vazias e das caixas acumuladas.

o excesso de espaço, por vezes, dá lugar a uma ineficaz tendência para a acumulação. guardam-se coisas com o estranho sentimento de que assim retemos episódios, tornado-os eternos. mas, e se cairmos no erro do exagero? não quero voltar a confundir recordações com lixo. o que custa é dar o primeiro passo.

e sem qualquer pesar, atravessei corredores vazios, fechei a porta e não olhei para trás.