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Chá de Menta

I am half agony, half hope | Jane Austen

Chá de Menta

I am half agony, half hope | Jane Austen

( FAZ PARTE DE NÓS )

15.03.05, a dona do chá
When I fall in love it will be forever
Or I'll never fall in love
In a restless world like this is
Love is ended before it's begun
And too many moonlight kisses
Seem to cool in the warmth of the sun

When I give my heart it will be completely
Or I'll never give my heart
And the moment I can feel that you feel that way too
Is when I fall in love with you.

And the moment I can feel that you feel that way too
Is when I'll fall in love with you


Nat King Cole

( ALIANÇA PERPÉTUA - 2 )

15.03.05, a dona do chá
- sonoridades identitárias -


( ... entre outras... )

porto sentido . rui veloso
when i fall in love . nat king cole
quando o sol bater na janela do meu quarto . legião urbana
for once in my life . frank sinatra
ainda lembro . marisa monte
fields of gold . sting
eu sei que vou te amar . vinícius de moraes
the dance . renato russo
tarde em itapuã . toquinho e vinícius de moraes
com um brilhozinho nos olhos . sérgio godinho

( ALIANÇA PERPÉTUA )

14.03.05, a dona do chá
- confessional -

Terão de me perdoar se, nestes próximos dias, eu parecer meio sentimental...
A concretização do primeiro ano se aproxima.
;o)

( VESTÍGIOS DE CASA - 7 )

05.03.05, a dona do chá
O céu não era o limite. Era a porta para um emaranhado de sonhos. Fosse a luz forte da manhã, fosse a luz ténue da tarde, este o palco de seus sonhos. Um azul tão límpido. As pipas cruzavam e descruzavam em frente aos seus olhos. O verde da amendoeira, que tinha em frente de casa. Um cheiro intenso de manga. Tudo fazia parte do cenário. Tudo fazia parte dela.
Encostava-se contra a mureta do terraço de casa, pousava a cabeça e ficava a olhar para cima. Até cansar. Até as pernas não aguentarem. Até escorrer lentamente. Mesmo sentada no chão, continuava a olhar.

O céu não era o limite.

Não sabia sequer que existia um limite.

( SONOLÊNCIA E FRIO )

05.03.05, a dona do chá
O relógio despertou às 6h45 da manhã. Entreabriu os olhos para confirmar se era verdade, se era sonho o que estava a viver. Estendeu a mão e pegou no despertador. Era realmente 6h45. Fechou os olhos. Começou a pensar no que havia de vestir. Lembrou que tomar banho seria uma tortura necessária, já que o duche seria frio (a água não aquece, não sabe bem porquê). Passaram-se 15 minutos. Decidiu levantar. O duche foi frio, tal e qual esperava. Vestiu-se rápido. Bolsa no ombro, casaco nas costas, cachecol no pescoço, chave na fechadura da porta. A rua estava lá, ainda sonolenta. Poucas pessoas, poucos carros, baixa temperatura. Dirigiu-se a um café: uma meia de leite e um pão com manteiga. O relógio marcava 7h35. Teria de sair às 7h45. As mesmas pessoas, no mesmo horário entram no café. Somos uma enorme família de desconhecidos. Saiu porta fora do café. Sentiu mais frio agora. Correu para o carro.


Deu partida.

( VESTÍGIOS DE CASA - 6 )

05.03.05, a dona do chá

Sempre que alguém vem de lá, surge aquela sensação de seis da tarde. Quando o sol se confunde com a terra, e o céu perde a claridade mais nítida. Empalidece aos poucos, e desaparece. Um cheiro de verde que se confunde com o vapor do asfalto. A qualquer momento nos confundimos com a natureza ou com a impureza. O suor gruda na pele, junto com o pó. Mais um banho gelado. Em breve, o frescor da noite. Ou nem por isso. Permanece sempre os indícios de vida.



Ainda consigo lembrar destas distantes sensações.

( METADE - 2)

04.03.05, a dona do chá

« Que as palavras que eu falo não sejam ouvidas como prece nem repetidas com fervor,

Apenas respeitadas como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimento.

Porque metade de mim é o que eu ouço, mas a outra metade é o que calo. »



Oswaldo Montenegro

(...)

04.03.05, a dona do chá

SONETO DO AMIGO

Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado
Com os olhos que contem o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.

Um bicho igual à mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...

Vinícius de Moraes

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