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Chá de Menta

I am half agony, half hope | Jane Austen

Chá de Menta

I am half agony, half hope | Jane Austen

( SOU EU ASSIM SEM VOCÊ )

23.07.04, a dona do chá




Adriana Calcanhotto| Fico assim sem você

( ... )

22.07.04, a dona do chá
« A este sentimento desconhecido, cujo tédio, cuja brandura me obsidiam, hesito em aplicar o nome, o belo e grave nome de tristeza. É um sentimento tão completo, tão egoísta, que quase me envergonha, quando a tristeza sempre me pareceu honrosa. A ela, não a conhecia, experimentava apenas o tédio, o arrependimento, mais raramente o remorso. Hoje, algo me envolve como seda, irritante e suave, isolando-me dos outros. »

Françoise Sagan, Bom dia, Tristeza

( ESTAMOS EM OBRAS )

22.07.04, a dona do chá
Tinha a leve esperança de que encontraria novos livros na Biblioteca, já que há pouco tempo ocorreu na minha terriola a feira do livro. Não encontrei.

O que encontrei foram os livros de literatura estrangeira numa grande confusão. Penso que a Biblioteca Municipal deve estar a fazer uma nova catalogação, que num primeiro olhar me pareceu caótica. A divisão está a ser feita por nacionalidades: literatura francesa, literatura inglesa, literatura belga, literatura alemã, etc; sendo que, dentro de cada nacionalidade, encontramos também vários géneros: poesia, teatro, ficção. O resultado é confuso. Pelo menos, para o utente. Ainda havia uma outra estante repleta de livros por classificar, o que aumenta a confusão.

Admito que o problema possa ser meu, já que estava acostumada a conhecer cada prateleira. Admito que quando tudo estiver finalizado, a pesquisa e consulta seja mais acessível para todos os utentes.

Mas confesso que fiquei meio tonta. Era como se as prateleiras estivessem em obras...

Aspecto positivo: trazer dois livros, debaixo do braço, para ler.

( PRESSÁGIO )

22.07.04, a dona do chá
Sabe aquele cheiro adocicado de terra, que fica no ar, quando se aproxima uma chuva de verão? Por vezes, quando sinto que algum problema se aproxima, lembro sempre dessa antecipação da chuva. É uma sensação tão forte e tão intensa, quase que fecho os olhos expectante do primeiro relâmpago.

Seja o que for, que seja rápido.

( DISTANCIAMENTO )

22.07.04, a dona do chá
Vejo as folhas que vão ficando em branco, não consigo preenchê-las. Eu, que dantes fazia relatos minuciosos dos meus dias, agora nem sequer me lembro de os fazer. Era um estranho medo de perder o cordão da realidade e um desejo de preservar a minha memória. Talvez seja mais difícil viver conforme crescemos e o relato pareça insignificante. Talvez seja desânimo. Talvez, pura e simplesmente, seja uma fase.

O caderno continua fechado, minhas mãos anseiam por abri-lo.

( SOBRE A RAPIDEZ )

05.07.04, a dona do chá
Aqui estou eu, em plena Feira do Livro na minha terriola, numa esplanada, com um bruto portátil nas minhas mãos (daqueles que eu nunca vou ter dinheiro para obter...) e a "surfar" na net (wireless) satisfeita da vida.
Ainda dizem que a felicidade não tem desses pequenos episódios. O meu humilde blog até tem uma carinha mais bonita...

( SOPHIA )

03.07.04, a dona do chá
Musa

Aqui me sentei quieta
Com as mãos sobre os joelhos
Quieta muda secreta
Passiva como os espelhos

Musa ensina-me o canto
Imanente e latente
Eu quero ouvir devagar
O teu súbito falar
Que me foge de repente.

Sophia de Mello Breyner Andresen