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Chá de Menta

I am half agony, half hope | Jane Austen

Chá de Menta

I am half agony, half hope | Jane Austen

Sobre o acto de seleccionar.

07.10.03, a dona do chá

Ainda sobre a conversa no telemóvel com a LB.

LB: - Tenho aqui um livro que não sei quem me deu. Chama-se "Contos Eróticos".
Eu: - Se calhar compraste numa feira do livro.
LB: - Não pá. Se eu tivesse comprado um livro que se chama "Contos Eróticos" eu me lembraria.
Eu: - Então não terá sido emprestado e tu esqueceste de o devolver?
LB: - Não...Olha, já me lembrei quem me ofereceu o livro. Foi a V.
Eu: - Então...?
LB: - Vai para o caixote.
Eu: - Não faças isso! Então vais colocar um livro que te foi oferecido no caixote? Se fazes isso com um livro que eu te dei...
LB: - Não me ponhas com problemas de consciência...
Eu: - Mas LB...
LB: - Desculpa (!), mas um livro que tem um capítulo com o título « Don Juan no Táxi »vai definitivamente para o caixote....


O processo de selecção não perdoa...

Viagem.

02.10.03, a dona do chá

 Para que ninguém possa esquecer o quanto seria bom se, por cada mar que nos espera, houvesse um rio, para nós. E alguém - um pai, um amor, alguém - capaz de pegar na nossa mão e de encontrar esse rio - imaginá-lo, inventá-lo - e na sua corrente pousar-nos, com a leveza de uma única palavra, adeus. Sem dúvida, seria maravilhoso. Seria doce, a vida, qualquer vida. E as coisas não magoariam, mas aproximar-se-iam trazidas pela corrente, poder-se-ia primeiro aflorá-las depois de tocá-las e só no fim deixar-se tocar. Deixar-se ferir, também. Morrer por isso. Não importa. Mas tudo seria, finalmente, humano. Seria suficiente a fantasia de alguém - um pai, um amor, alguém. Ele saberia inventar um caminho, aqui, neste silêncio, nesta terra que não quer falar. Caminho clemente, e bonito. Um caminho daqui até ao mar.


Alessandro Baricco, Oceano Mar

Estridência.

01.10.03, a dona do chá

O som agudo do alarme dos bombeiros voluntários atravessa, pela segunda vez, a madrugada. Ao longe já se fazem ouvir as sirenes, anunciando a desenfreada passagem. Sinto um estremecimento. Algo de errado aconteceu. Algo pode ter causado feridos. Algo pode ter gerado algum desastre. Sinto uma inquietação diante do desconhecido.

Todos temos um top 5.

01.10.03, a dona do chá

Sobre o filme High Fidelity. 

O website do filme está bastante interessante. Pode-se consultar informação usual e básica em qualquer filme ( sinopse e elenco ), e também é possível visualizar pequenos trechos do filme. Mas estes extractos têm uma particularidade: são os monólogos que o John Cusack fez ao longo do filme. Não estão todos. Infelizmente, o monólogo final não aparece.
Seguindo o «espírito» do filme, eu elegí o meu Top Five dos Monólogos do John Cusack.

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