( travo amargo )
17.07.07, a dona do chá
ela tenta abraçar o dia com outros olhos, que não aqueles do passado dolorido. ela tenta não se lembrar dos momentos difíceis e dos dias maus. há alturas em que é impossível não lembrar. recordar torna-se uma acção flageladora. mas até isso não é o que a incomoda mais, o que é mais pungente é a dor nos olhos dele e a estupidez de quem não o apoia.
não há nada pior que a impotência de apagar a sombra de tristeza e de revolta da pessoa que amamos. e ela sabia isso. ela vivia todos os dias este travo amargo na boca: a dor dele e a crítica alheia.
não há nada pior que a impotência de apagar a sombra de tristeza e de revolta da pessoa que amamos. e ela sabia isso. ela vivia todos os dias este travo amargo na boca: a dor dele e a crítica alheia.